Maranhense pode substituir Eliana Calmon no STJ

Reynaldo Fonseca, Desembargador Federal do TRF1O desembargador federal maranhense Reynaldo Soares da Fonseca, do TRF da 1ª Região, é o mais cotado para substituir a ministra aposentada Eliana Calmon no Superior Tribuna de Justiça (STJ).

Ele recebeu 21 votos e lidera a lista tríplice formada hoje (9) pelo Pleno do STJ. Em segundo lugar, também com 21 votos, integra a lista o desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria, do TRF da 5ª Região, que ficou atrás no critério de desempate por idade.

Messod Azulay Neto, do TRF da 2ª Região, recebeu 17 votos. A lista tríplice será encaminhada à presidente Dilma Rousseff (PT), que indicará o novo ministro.

Reynaldo da Fonseca é natural de São Luís /MA. Lá, iniciou sua vida profissional como servidor do Poder Judiciário. Entre 1982 e 1986 passou pelo Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão e pela Justiça Federal. Em 1989, já na condição de procurador do Estado do Maranhão, veio para Brasília nomeado como assessor do primeiro presidente do TRF, desembargador federal Alberto Vieira da Silva, atuando, principalmente, na área de recursos especiais e extraordinários da Presidência.

No ano de 1992, ingressou na magistratura como juiz de direito substituto do Distrito Federal e Territórios. Logo em seguida, aprovado em concurso, no ano de 1993, tornou-se juiz federal substituto da 4.ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal. Posteriormente foi vice-diretor da Seccional do DF. Em seguida, Reynaldo Fonseca passou pela Seção Judiciária do Maranhão, tendo sido diretor do Foro.

TJMA realiza audiência para julgar recursos do concurso de juiz

O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) promove na próxima quarta-feira (12) sessão pública para julgamento dos recursos da prova prática de sentença do concurso para o cargo de juiz de Direito substituto.

A audiência ocorrerá no auditório do TJMA, às 14h30, conforme convocação do presidente da Comissão do Concurso, juiz Luis Carlos Dutra dos Santos.

Os aprovados passarão vários exames, que incluem sindicância da vida pregressa e investigação social, exames de sanidade física e mental, psicotécnico, avaliação de títulos e curso de formação inicial para ingresso na magistratura (de caráter eliminatório e promovido pela Esmam).

Concurso

O certame é organizado pelo Cespe/UnB, e visa o preenchimento de 31 vagas e formação de cadastro de reserva. Esse é o primeiro concurso para juiz de Direito promovido pelo TJMA desde 2008, quando também foram oferecidas 31 vagas.

Os aprovados irão atuar como juízes substitutos em comarcas de entrância inicial, no interior do Estado, sob indicação exclusiva da Corregedoria Geral da Justiça.

Das vagas abertas, e das que vierem a ser criadas no prazo de validade do concurso, 5% serão preenchidas por candidatos com algum tipo de deficiência.

(As informações são do TJ)

Arnaldo Melo confirma que comando do Executivo pode passar ao Judiciário

Des. Cleonice Freire, presidente do TJ

Desembargadora Cleonice Freire, presidente do TJ

Ainda na entrevista coletiva improvisada na Assembleia Legislativa (veja mais trechos aqui), o presidente da Casa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), confirmou a possibilidade de concretização de uma tese levantada inicialmente por este blog, há uma semana: a de que o comando do Estado ainda pode passar ao Judiciário.

Na ocasião, sustentou-se que, se recebesse a incumbência de governar o Estado pouco antes do dia 5 de abril – prazo final pra desincompatibilizações -, Melo não precisaria necessariamente passar 30 dias no cargo, como exige a lei que estabelece as regras para eleição indireta.

Nesse cenário, ele poderia renunciar ainda antes do prazo fatal e, como o poder já haveria passado pelo Legislativo, a presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Cleonice Freire, assumiria o “fardo”, com o presidente da AL livre para tentar sua reeleição.

Pois bem.

Perguntado hoje (6) sobre como procederia se Roseana renunciasse a partir desta quinta-feira, o presidente da AL disse exatamente o que já se havia antecipado aqui.

“Posso ficar 20, 25 dias para o governo. Depois, assume a presidente do Tribunal de Justiça. O que eu posso afirmar é que acredito quando uma pessoa me dá uma palavra. E quando eu dou a palavra, a pessoa pode acreditar”, declarou.

Comando do Estado ainda pode passar ao Judiciário

roseana_arnaldoEm meio às articulações que podem levar a uma eleição indireta no Maranhão, há, sim, uma possibilidade de o comando do Governo do Estado passar às mãos da presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Cleonice Freire.

E essa possibilidade é, em última instância, a única saída para que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB), escape da armadilha em que se metera caso a governadora Roseana Sarney (PMDB) renuncie ao mandato às vésperas do prazo fatal – dia 5 de abril – e ainda consiga reunir as condições para eleger o secretário de Estado de Infraestrutura Luis Fernando Silva (PMDB) por voto indireto.

Nesse cenário – diga-se de passagem o sonhado pelo Palácio dos Leões -, Arnaldo Melo estaria obrigado a assumir o Governo do Estado por 30 dias, o que o tornaria inelegível para um tentativa de reeleição como deputado. Como – ainda no cenário hipotético – Luis Fernando estaria eleito, a carreira política do presidente da Assembleia estaria terminada.

É nesse ponto, no entanto, que a saída pode ser a passagem do comando do Executivo para o Judiciário.

Se recebesse a incumbência de governar o Estado pouco antes do dia 5 de abril, Melo não precisaria necessariamente passar os 30 dias no cargo. Ele poderia renunciar ainda antes do prazo fatal e, como o poder já haveria passado pelo Legislativo, a presidente do TJ assumiria o “fardo”, com o presidente da AL livre para tentar sua reeleição.

Mas esse (nunca é demais frisar) é apenas um cenário hipotético…

__________________Leia mais

Roseana só sai no fim de março

CNJ julga amanhã suposto assédio sexual de desembargador do MA

jaime_desEstá marcado para amanhã (25) o julgamento, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) aberto contra o desembargador Jaime Ferreira de Araújo, do Tribunal de Justiça (TJ) do Maranhão, por suposta prática de assédio sexual contra a hoje juíza de Paulo Ramos, Sheila Cunha.

O processo surgiu de uma reclamação ajuizada em 2011 pelo marido da magistrada, o procurador da República Israel Gonçalves Santos Silva. Baseado no depoimento da esposa, ele acusa o magistrado de tê-la assediado sexualmente durante a realização das provas orais para o concurso de juiz, em abril de 2010.

Em conversa com a desembargadora Nelma Sarney, Sheila chegou a relatar um convite do desembargador para sair (leia mais).  “Em conversa reservada, a senhora Sheila Silva narrou-me que o desembargador teria lhe convidado para saírem juntos de forma acintosa e inesperada”, escreveu a desembargadora, em maio de 2011, em denúncia formal à Presidência do TJ e ao próprio CNJ.

jaimeO suposto assédio chegou a ser gravado, já que as provas orais são registradas em áudio. Num dos trechos, uma voz identificada como a de Jaime Ferreira pede para que a mulher, que seria a então candidata Sheila Cunha, anote seu número de telefone. “Eu te ligo ou você me liga?”, pergunta o homem. Em outro trecho, ele questiona por que ela não teria atendido ao seu telefonema e pergunta até quando ficará em São Luis, capital do Maranhão.

Detalhe: Sheila é de Salvador (BA). Na gravação, ela explica que ficaria no Maranhão até o dia seguinte, para pegar o resultado da prova, enquanto o marido viajaria de volta para a Bahia. “Manda ele ir embora de manhã”, afirma o homem, em tom de gracejo.

No depoimento que prestou à corregedoria do CNJ, Sheila conta como tudo ocorreu. “Como não cedi ao assédio a que fui submetida nos dois dias de provas, passou o desembargador Jaime Ferreira a me perseguir de toda forma”, disse ela, que chegou a ser desclassificada inicialmente.

Em sua defesa, o magistrado argumenta que Sheila não obteve nota suficiente para aprovação no concurso. Mas ela, atualmente, comanda a comarca de Paulo Ramos (veja), depois de haver iniciado a vida como juíza do Maranhão na Comarca de Cururupu (reveja).

Descoberta de ataques foi golpe de sorte (por leniência da Justiça)

onibusNão fosse a leniência da Justiça – ou mesmo medo de alguns juízes -, a cúpula da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) poderia ter descoberto muito antes do que conseguira que o crime organizado preparava uma série de ataques na capital depois que regalias foram cortadas em uma unidade do Complexo Penitenciáro de Pedrinhas.

Por meio da “Operação Teia”, a Polícia Civil já investigava, desde meados do ano passado, pelos menos 300 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas em São Luís.

De tudo o que foi apurado, pediu-se à Justiça, em meados do mês de outubro, a autorização para 120 mandados de prisão e mais de 200 de busca e apreensão. Ninguém teve coragem de assinar os mandados, que, contam fontes da Polícia Civil, seria uma golpe na “espinha dorsal” das duas maiores facções em atuação no estado – que teriam sérios problemas para se reorganizar depois disso.

A polícia tinha, ainda, uma lista de mais de 300 números de telefones grampeados com autorização judicial. Nesse caso, as autorizações precisam ser “renovadas” a cada 15 dias, segundo explicou o mesmo interlocutor.

No dia 4 de dezembro, expirou a última autorização, cujo pedido de renovação só deferido pela Justiá pouco antes dos ataques do dia 3 de janeiro, a fatídica sexta-feira dos ataques a ônibos e delegacias de São Luís.

Do dia 4 de dezembro, até praticamente o dia dos atos criminosos, toda a comunicação entre os bandidos “emudeceu-se” para as forças policiais.

E é aí que vem o golpe de sorte: todas as gravações que já vieram a público só foram obtidas porque a mesma Polícia Civil mantém em curso outra investigação, com outros alvos interceptados também por meio de autorização judicial.

E esses alvos conversam constantemente com os líderes das facções presos em Pedrinhas. Como “Praguinha”, por exemplo.

Não fosse esse detalhe, certamente os 20 ônibus que deveriam ser incendiados pelo crime organizado hoje estariam em cinzas. E muito mais gente teria sido vitimada.

Megbel Abdala vai ao STF contra aposentadoria pelo CNJ

megbelPunido por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com a penalidade de aposentadoria compulsória, o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (TJ-MA) Megbel Abdala Tanus Ferreira impetrou, no Supremo Tribunal Federal (STF), o Mandado de Segurança (MS) 32698, com pedido de liminar.

Ele pleiteia a suspensão dos efeitos do julgamento do processo administrativo disciplinar (PAD) que resultou na aposentadoria e a permissão para continuar suas atividades no TJ/MA, até julgamento de final deste MS. No mérito, pretende ver declarada nula a decisão do CNJ.

__________________Leia mais

CNJ aposenta desembargador Megbel Abdala

De acordo com os autos, elementos colhidos durante a instrução do processo disciplinar no CNJ apontaram a conivência do magistrado com a tramitação irregular de um mandado de segurança impetrado pela empresa Viatur – Turismo e Transporte Ltda. contra o Município de São Luís, somada à sua atitude temerária em conceder uma liminar para pagamento de mais de R$ 6 milhões contra a Fazenda Pública, sem que houvesse direito líquido e certo a respaldar a concessão do pedido e sem exigência de caução idônea a possibilitar o deferimento para levantamento do numerário, além da inobservância completa da sistemática dos precatórios. O valor não chegou a ser pago, por decisão do TJ-MA.

Alegações

Em sua defesa, o desembargador – que assumiu o cargo em 6 de março de 2013, quando o processo contra ele já estava tramitando no CNJ – sustenta que, no PAD, as acusações não foram demonstradas, havendo apenas “conjecturas e suspeitas”. Relata que, na tramitação do processo no Conselho, anexou cópias de suas últimas declarações de imposto de renda para demonstrar “a compatibilidade de sua renda com sua evolução patrimonial”.

Afirma ainda que, em mais de 31 anos de serviço público, mais de 25 dos quais como magistrado, “nunca respondeu a qualquer processo disciplinar, criminal ou cível, possuindo uma reputação ilibada perante sua classe profissional e na sociedade”. Tanto é que, ao longo da vida profissional, exerceu, entre outras, as funções de vice-diretor da Escola da Magistratura do TJ-MA, foi delegado da Polícia Civil e diretor da Escola Judiciária Eleitoral do Maranhão.

Por isso, segundo ele, o CNJ teria violado os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade na gradação das penas, previstos na Lei Orgânica da Magistratura (Loman), ao aplicar-lhe a sanção máxima. Sustenta, também, que a sindicância instaurada para apurar os fatos estaria “eivada de vícios insanáveis, já que teria aproveitada dados constantes em outro PAD que foi arquivado, “justamente por se encontrar eivado de vícios”.

Megbel Abdala alega, também, ofensa às garantias constitucionais do devido processo legal, contraditório e da ampla defesa, uma vez que o CNJ teria colocado o processo em pauta antes de vencido o prazo para sua defesa oferecer alegações finais. Também, segundo sustenta, os novos conselheiros do CNJ empossados após a sessão em que teve início o julgamento e adiado por pedido de vista “nunca poderiam conhecer da matéria ora debatida”, isto é, participar da conclusão do julgamento de seu processo.

O relator do MS 32698 é o ministro Ricardo Lewandowski.

(As informações são do STF)

Morre mãe do juiz Eulálio Figueiredo

Faleceu neste sábado (4), às 21h, no hospital UDI, a mãe do juiz José Eulálio Figueiredo (titular do Juizado Especial de Trânsito de São Luís e membro efetivo do Tribunal Regional Eleitoral), Gilda da Conceição Figueiredo de Almeida, vítima de parada cardíaca.

O velório está sendo realizado na PAX União da Rua Osvaldo Cruz (centro). As informações sobre o sepultamento serão divulgadas pela família na manhã deste domingo (5).

Com informações do TJMA

Após denúncia de assédio, mulheres organizam ato contra Ribamar Alves

assedioUm grupo de mulheres de Santa Inês marcou para amanhã (24), véspera de Natal, um ato contra o prefeito da cidade, Ribamar Alves (PSB), acusado pela juíza Larissa Tupinambá de assédio sexual.

“Queremos de uma forma direta mostrar a nossa indignação diante do fato ocorrido na nossa cidade”, diz um cartaz que confirma o ato de protesto para as 9h desta terá-feira, com concentração em frente à Câmara Municipal.

Alves foi formalmente denunciado pela magistrada na quinta-feira da semana passada (19). Segundo ela, os dois estavam em sua sala de audiências, no Fórum de Santa Inês, quando o socialistas, após dirigir-lhe gracejos, forçou um beijo. Ele chegou a receber voz de prisão, mas deixou o local.

A Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA) emitiu nota, por meio da qual repudiou o assédio. O caso é tratado  pela entidade como “atitude reprovável, sob todos os aspectos”.

Também em comunicado oficial, o prefeito negou que tenha assediado a juíza e disse que a compreende e desculpa.

“Espero sinceramente que a magistrada Larissa Tupinambá tenha coragem de vir a público para esclarecer este assunto, informando qual a verdadeira razão que a levou a me envolver neste lamentável episódio”, disse.

__________________Leia mais

Juíza dá voz de prisão a Ribamar Alves por assédio sexual

AMMA repudia assédio de Ribamar Alves contra juíza

“Agora mais isso… Tá danado!”, desabafa Ribamar Alves

“Compreendo e desculpo a dra. Larissa Tupinambá”, diz Ribamar Alves

“Agora mais isso… Tá danado!”, desabafa Ribamar Alves após denúncia de assédio

ribamarO prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves (PSB), segue negando que tenha assediado sexualmente a juíza Larissa Tupinambá, titular da 2ª Vara da Comarca instalada na cidade, como o acusa a magistrada (reveja o caso).

Em nota, a Associação dos Magistrados do Maranhão considerou, ontem (19), a “atitude reprovável, sob todos os aspectos” (leia a íntegra).

Em mensagem encaminhada ao titular do blog, Alves compara a situação a uma outra, segundo ele inventada por um perfil falso criado no Facebook para lhe “achincalhar”. Ele disse que não houve nada com a juíza. Larissa o acusa de ter forçado um beijo em seu gabinete, após uma audiência.

“De verdade, não houve nada… Aqui tem um fake que todo dia me achincalha, agora partiu pra baixaria, falando que tem um vídeo meu com 4 menores numa piscina de motel em Santa Inês. Pegaram uma foto minha num aniversário próximo a uma moça e publicaram dizendo q ela é minha amante. E agora mais isso… Tá danado!”, escreveu.

Apesar da negativa do prefeito, o caso foi denunciado à polícia, que instaurou procedimento para apuração do fato, com a consequente adoção das demais medidas legais caso confirmado o assédio.